A história das principais datas comemorativas do mundo
Quem nunca se perguntou sobre a origem das datas comemorativas que comemoramos? De onde veio? Qual seu significado? Vamos buscar esclarecer todas essas dúvidas que giram em torno das festas de Natal, Hallowen, Dia dos namorados e páscoa!
Vem comigo explorar algumas curiosidade sobre a história das principais datas comemorativas do mundo!
Natal: Uma celebração universal
Origens e história do Natal
A celebração do nascimento de Jesus Cristo em 25 de dezembro tem raízes que remontam ao Império Romano. Originalmente, antes da popularização do cristianismo, o 25 de dezembro foi reconhecido no Império Romano como o dia do solstício de inverno, marcando o nascimento anual do sol. Era o dia da festa de “Sol Invictus” ou “Sol Invencível”, celebração dedicada ao deus sol.
Com a expansão do cristianismo no Império Romano, houve uma tentativa de cristianizar festivais pagos. Em vez de celebrar o nascimento do sol, um dado foi reconfigurado para celebrar o nascimento do “Sol da Justiça”, uma das designações dadas a Jesus. Assim, o 25 de dezembro foi previsto como o dia oficial para comemorar o nascimento de Jesus Cristo, e esta tradição continuou ao longo dos séculos.
É importante notar que a Bíblia não especifica os dados exatos do nascimento de Jesus. A escolha do 25 de dezembro foi, em grande parte, uma decisão da Igreja primitiva para integrar e transformar as celebrações pagas em uma festa cristã.
Tradições e fantasias
Em diferentes partes do mundo, o Natal é comemorado de maneiras únicas. Enquanto em alguns lugares a ênfase é dada à religiosidade, em outros, os dados são mais comerciais. Mas o que todas essas celebrações é o sentimento de união e amor.
Vamos explorar como o Natal é comemorado em diferentes partes do mundo:
Brasil: No Brasil, a celebração do Natal é uma fusão de tradições religiosas e festivas. As famílias se reúnem na véspera de Natal para uma ceia à meia-noite, com pratos como bacalhau, peru, rabanada e panetone. Missas de Natal, conhecidas como “Missa do Galo”, também são populares. Em muitas cidades, há queima de fogos à meia-noite.
Estados Unidos e Canadá: Aqui, o Natal é amplamente celebrado com decorações exuberantes, músicas festivas e troca de presentes. O Papai Noel é uma figura central, trazendo presentes para as crianças na véspera de Natal. As famílias geralmente se reúnem para um almoço ou jantar festivo.
Austrália: Apesar do clima quente, as decorações natalinas tradicionais e os símbolos do inverno, como o Papai Noel e as renas, ainda são populares. Alguns até fazem um “Natal em Julho” para experimentar a festa com um clima mais frio.
Reino Unido: As celebrações no Reino Unido são semelhantes às dos Estados Unidos, mas com algumas tradições únicas. Uma delas é o “Christmas Cracker” – um item decorativo que duas pessoas puxam juntas, resultando em uma pequena explosão e revelando uma surpresa no interior. O dia seguinte ao Natal, conhecido como “Boxing Day”, também é feriado, tradicionalmente o dia em que as pessoas dão presentes aos menos afortunados.
Alemanha: A Alemanha é famosa pelos seus mercados de Natal, ou “Weihnachtsmarkt”. Estes mercados oferecem tudo, desde decorações natalinas a comidas típicas e bebidas quentes. Uma tradição única é a celebração de São Nicolau em 6 de dezembro, quando as crianças recebem doces e presentes em seus sapatos.
Japão: O Natal no Japão não é um feriado oficial e é mais comercial do que religioso. Uma curiosidade é que muitos japoneses têm a fantasia de comer frango frito, especialmente do KFC, na véspera de Natal.
México: A celebração de “Las Posadas” começa nove dias antes de Natal, reencenando a jornada de Maria e José à procura de um lugar para se hospedar. No final, há uma festa com comida, piñatas e cânticos.
Filipinas: As Filipinas têm uma das celebrações de Natal mais longas do mundo, começando em setembro e terminando em janeiro. Uma tradição única é a “Simbang Gabi” ou Missa da Aurora, uma série de missas que começa em 16 de dezembro e termina na véspera de Natal.
Suécia: Em 13 de dezembro, a Suécia celebra o dia de Santa Lúcia, uma festa de luz contra a escuridão do inverno. Meninas vestidas de branco com coroas de velas desfilam pela cidade, cantando canções tradicionais.
Etiópia: Na Etiópia, o Natal é comemorado em 7 de janeiro e é chamado de “Ganna”. As pessoas jejuam no dia anterior e, no dia de Ganna, vestem roupas brancas e participam de missões que começam bem cedo pela manhã.
Em resumo, embora o espírito do Natal seja universal, as tradições e celebrações variam amplamente, refletindo a rica diversidade cultural do nosso mundo.
Dia das Bruxas: Mais do que apenas fantasias e doces
O Dia das Bruxas, também conhecido como Halloween, é comemorado no dia 31 de outubro. Embora muitos associem essa festividade principalmente à cultura norte-americana devido à sua popularização através de filmes e séries, as origens do Halloween remontam a tradições muito mais antigas e profundas na história europeia. Vamos explorar por que comemoramos o Dia das Bruxas:
Origens Celtas – Samhain:
A celebração tem suas raízes na antiga festividade celta do Samhain (pronúncia-se “sow-in”). Os celtas, que viviam nas áreas que hoje são Irlanda, Reino Unido e norte da França, celebravam o Samhain para celebrar o final do verão e dar boas vindas ao inverno, uma época do ano associada à morte na cultura celta. Acreditava-se que na noite de 31 de outubro, os limites entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos se tornavam tênues, permitindo que os espíritos retornassem à Terra.
Incorporação Cristã – All Hallows’ Eve:
Com o avanço do cristianismo o dia 1º de novembro foi nomeado como Dia de Todos os Santos (All Saints’ Day ou All Hallows’ Day em inglês) pela Igreja Católica, uma data para homenagear todos os santos e mártires. Assim, na véspera desse dia, 31 de outubro, passou a ser chamada de All Hallows’ Eve que significa: Véspera de Todos os Santos, sendo abreviada para “Halloween”.
Tradições Modernas:
Ao longo dos séculos, várias tradições associadas ao Halloween foram se desenvolvendo. A prática de “doces ou travessuras” tem suas origens em antigos costumes europeus, onde crianças e, às vezes, adultos, vestiam-se com trajes e visitavam casas em troca de comida ou dinheiro. As abóboras esculpidas, conhecidas como “jack-o’-lanterns”, têm sua origem em uma lenda irlandesa sobre um homem chamado Jack que enganou o diabo e, como castigo, foi condenado a vagar pela Terra com apenas uma lanterna para iluminar seu caminho.
Halloween pelo Mundo:
Enquanto o Halloween é mais amplamente comemorado nos Estados Unidos e Canadá, a festa ganhou popularidade em muitos outros países ao redor do mundo, incluindo Brasil, México e partes da Europa. Em cada lugar, o Halloween é comemorado com um toque local, incorporando tradições e histórias regionais.
Em resumo, o Dia das Bruxas é uma celebração rica em história e significado, evoluindo ao longo dos séculos a partir de antigos rituais pagãos para se tornar a festividade global que conhecemos hoje.
Dia dos Namorados: Uma celebração de amor e amizade
O Dia dos Namorados, também conhecido em muitos lugares como “Dia dos Namorados” ou “Dia de São Valentim”, é celebrado em várias partes do mundo, principalmente no dia 14 de fevereiro. Esses dados são reconhecidos como um dia para expressar amor e carinho entre parceiros românticos, mas sua origem é bastante antiga e envolta em mistério. Vamos explorar as origens desta celebração:
Lupercália – Festividade Romana: Antes de ser associado ao amor romântico, 14 de fevereiro era ligado à festa paga romana chamada Lupercália, celebrada no meio de fevereiro. Este festival, dedicado à fertilidade, envolve rituais de purificação e celebra a chegada da primavera.
São Valentim – O Mártir Cristão: A transformação da Lupercália em uma celebração está ligada à figura de São Valentim. Há várias lendas sobre quem ele era, mas uma das histórias mais populares diz que Valentim era um padre que viveu durante o reinado do imperador Cláudio II, no Império Romano. O imperador proibiu os casamentos, acreditando que homens solteiros eram os melhores soldados. Desafiando essa ordem, Valentim continuou realizando casamentos secretos até serem descobertos e, eventualmente, martirizados em 14 de fevereiro.
A Evolução do Dia dos Namorados: Com o tempo, a festa de São Valentim começou a ser associada ao amor romântico, especialmente durante a Idade Média, na Inglaterra e na França. Acredita-se que foi neste período que se iniciou a tradição de expressar sentimentos de amor em 14 de fevereiro.
Valentine’s Day Moderno: A celebração foi se popularizando e, nos Estados Unidos e em partes da Europa, cartões postais, conhecidos como “valentines”, surgiram a ser trocados entre amantes. Com a industrialização, esses cartões evoluíram para a forma massivamente produzida que conhecemos hoje. Chocolates, flores e presentes também fizeram parte integrante desta celebração.
Dia dos Namorados no Brasil: No Brasil, a celebração do amor romântico ocorre em 12 de junho um dia antes do dia de Santo Antônio. A celebração no Brasil foi impulsionada principalmente por motivos comerciais na década de 1940.
Em resumo, o Dia dos Namorados, seja em 12 de junho no Brasil ou 14 de fevereiro em muitos outros países, é uma fusão de tradições antigas e modernas. O que permanece constante, no entanto, é a sua associação com o amor e a expressão de carinho entre os indivíduos.
Páscoa: Entre o sagrado e o profano
A Páscoa é uma das celebrações mais importantes para os cristãos de todo o mundo, comemorando a ressurreição de Jesus Cristo no terceiro dia após sua crucificação. No entanto, muitos dos símbolos tradicionais associados à Páscoa, como ovos e coelhos, têm raízes em tradições e práticas anteriores ao cristianismo. Vamos explorar o significado da Páscoa e a origem destes símbolos:
Significado da Páscoa:
Para os cristãos , a Páscoa é a celebração da vitória de Jesus sobre a morte, seu sacrifício pela humanidade e seu ressurreição. É um momento de reflexão, gratidão e renovação da fé. A semana que antecede o domingo de Páscoa é chamada de Semana Santa, e nela são relembrados os últimos momentos da vida de Jesus, sua crucificação e ressurreição.
Antes do cristianismo, a palavra “Páscoa” (do hebraico “Pesach”) referia-se à Páscoa judaica , que comemora a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Durante essa festa, era comum sacrificar um cordeiro, que era então consumido durante um banquete.
Ovos de Páscoa:
O ovo é um antigo símbolo de nova vida e renascimento , presente em diversas culturas. No contexto da Páscoa cristã, o ovo simboliza o ressurreição e a promessa de uma nova vida em Cristo. A tradição de decorar ovos durante a Páscoa, conhecida como “ovos de Páscoa”, pode ser traçada até os primeiros cristãos na Mesopotâmia, que tingiam ovos de vermelho em memória do sangue de Cristo derramado durante sua crucificação.
Coelho da Páscoa:
O coelho é um símbolo de fertilidade e renovação , devido à sua capacidade de reprodução. Embora o coelho não tenha uma conexão direta com a história bíblica do nascimento de Jesus, sua associação com a Páscoa provavelmente tem origem nas celebrações pacíficas da primavera, quando se comemorava o renascimento da natureza. Com o tempo, as tradições pagãs e cristãs foram se mesclando, e o coelho se tornou um dos símbolos populares da Páscoa, especialmente em algumas culturas ocidentais.
Em resumo, enquanto a Páscoa, como celebrar a ressurreição de Jesus, é central para a fé cristã, muitos de seus símbolos, como ovos e coelhos, têm raízes em tradições e práticas mais antigas. Esses símbolos servem para realçar temas universais de vida, renovação e esperança, que são centrais para a celebração da Páscoa.
As datas comemorativas são uma parte integrante de nossa cultura e história. Elas nos conectam com nosso passado, refletem nossas crenças e tradições, e oferecem uma oportunidade para nos conhecermos e celebrarmos. Seja qual for a origem ou o significado, elas continuam a enriquecer nossas vidas com alegria e união.